segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Gotas valiosas

Soa ,suavemente,gotas da última chuva de outubro...
Que orquestra perfeita. Perfume que não tem preço.
Só não venha acompanhada de lágrimas da perda.
Daquilo que tem preço, foi difícil para ser adquirido,

Em poucos minutos é levado...Sem volta...Sem beleza,
Não como as gotas, que caem e, na sinfonia da natureza,
retornam a seu ponto de partida, até tornarem-se música,
Aos ouvidos que a admiram e aos que são tão sofridos,

Que não mais sentem o que é belo, só o medo da perda...
não conseguem ver a beleza que há diante de seus olhos.
Nem só o que tem preço, na realidade tem valor,
Cada gota de chuva, na seca, dinheiro nenhum pode comprar.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Primeiro Mundo

Se esta rua fosse minha,
eu mandava ladrilhar.
Não para criança morar,
mas para estudante e trabalhador passar.


Se esta cidade fosse minha,
Eu não deixava ninguém sem trabalhar.
Não faltaria escola pra criança,
estudar, ter futuro e assim brilhar.


Se este país fosse meu,
Não deixava ninguém fome passar.
Com estudo, trabalho e cultura
Primeiro Mundo iria se chamar.


Se esse mundo fosse meu,
Eu faria muita coisa mudar,
Famílias inteiras felizes,
Nos quatro cantos só a paz a brilhar.

domingo, 4 de setembro de 2011

HORÁRIO MARCADO


 Lá vai Joana, uma esperança, leva em seu interior. Vai, como se estivesse em direção ao caminho que a levaria a total felicidade. Olha em volta, escuta uma voz:
-Boa tarde, o que deseja?
 Joana acorda... E responde:
-Boa tarde, sou Joana, tenho horário marcado com a Dona Matilde.
-Sim, aguarde um momento. Já pode subir, é logo ali ao lado, boa sorte.
Uma sala simples, alguns transeuntes. Chega Dona Matilde.
-Boa tarde Joana. Faz algumas perguntas e, a manda aguardar contato...
Joana, volta sem saber como pisar, para onde ir, o que pensar. Na porta da saída escuta:
-Boa tarde.
 Após alguns segundos, portão fechado, e um grande vazio toma conta da felicidade. Mas, é apenas mais um dia, um sonho, mais uma das intermináveis entrevistas de "emprego".

O amor


Ah, o que era o amor? Não sabia...Nem nele acreditava
sempre confiei na razão. Não pensa o coração!
Amor, um de repente, um estalo no peito da gente...Aquele gelo no interior.
Difícil de aceitar, tão bom de sentir...Ah...O amor, gelo que queima, derrete a dureza, cria a incerteza.
Amar, impossível decifrar, inexplicável sentimento que dói tão dentro que nem o sofrimento nos faz abdicar da dor.
Amei, amei, amei. Amei tanto, que esqueci da tristeza que se aproximava. Quem ama não tem medo, consegue manter segredo...Sofre, chora...Mas quanto maior a dor, maior e inesquecível é o amor.

vIDa


Ah! vIDa fechada...
Caviar
arroz,feijão,camisas, pão...Eleição.
vIDa, vozes, calem a boca!
a barriga não dói.
Dói a consciência...
em travesseiros de cetim e penas,
vIDa, conto de fada, loBOs, traidores!
a barriga? Dói não!
Dor não é vista, é uma pista
reflexo da podridão, do "não há vagas"...
calem a boca!
vIDa? Cheirosa, podre!
é a vida.